segunda-feira, 22 de abril de 2013

"CHÁ DE TORÉM"
As músicas do Show

Abril de 2001.
Centro de Arte e Cultura Dragão do Mar, em Fortaleza.
No palco, eu, Eliane Brasileiro (voz, percussão e efeitos), Erasmo Lousada (baixo) e Roque Nei Mota (bateria e percussão).
Show em comemoração ao Dia do Índio.
Presença de indígenas dos Povos Tremembé de Almofala, Tapeba, Pitaguary e Jenipapo-Kanindé.
No roteiro, músicas do cancioneiro latino-americano ligas à temática indígena continental. Em meio a isso, um lugar especial para a execução de canções cantadas-dançadas do Torém, ritual típico Povo Tremembé.
Apresentamos uma proposta experimental de releitura dessas canções, que passei a chamar de "indibeat". A idéia fundamental era poder levar a música indígena a outros espaços, com outras possibilidades, que pudesse chegar até às pessoas, envolvê-las, de algum modo, com os povos indígenas, suas culturas, seus sonhos e suas lutas no mundo atual.
Veja o link para essas canções: http://www.4shared.com/folder/pVK61qfc/Show_Ch_de_Torm__Abril_2001_.html


 


segunda-feira, 5 de outubro de 2009

"Babi Fonteles & Zé Vicente Em Canto" - O Long Play

Eu sou do tempo do LP, ou long play.
Quem não gravou um LP, não conhece a emoção do demorado processo que era a produção daquele imenso disco preto, cheio de sulcos a serem preservados de arranhões, que tocava um som com fundo de chuva fina.
O primeiro - e o único - LP que gravei, "Babi Fonteles & Zé Vicente Em Canto", uma produção independente, carrega consigo muitas histórias. Desde sua primeira versão em cassete, em 1991, este álbum me levou a lugares a pessoas entre os/as mais inusitados/as de minha vida. Lembro, por exemplo, o show realizado no Teatro Romano, em Verona, na Itália, no dia 13 de junho de 1992, quando milhares de pessoas se apinhavam dentro do recinto para nos assistir e, depois, invadindo o palco para cantar nossas canções e pedir bis inúmeras vezes, até que os seguranças nos pedissem para parar, por receio de que a estrutura do palco não aguentasse o peso de tanta gente.
Compartilho com vocês, amig@s, este trabalho já em sua maioridade de 18 anos!
Guardarei as histórias para contá-las aos poucos, neste espaço. Por ora, ofereço a vocês o texto escrito a quatro mãos com o parceiro Zé Vicente, que serviu de apresentação no encarte do LP.
Abaixo, ofereço o link para que você possa baixar as músicas e a capa da versão em CD, fabricada a partir do ano 2000 pelas Edições Paulinas.

 
BOM LEMBRAR!


Junho de 91.
Nos encontramos em Recife,
Primeira gravação em cassete de “Em Canto”.
Era inverno no litoral
Chovia, chovia.
Tudo marcado de novidade e sonho.
A banda juvenil “Flor da Pele”
- Geraldo, Naldo, Léo, César Michilles –
Meninos lindos, plenos de audácia e alegria!
Ana Diniz, a Bisquí, presente
Companheira na voz e no carinho.
Margareth Malfliet nos olhando de longe
Encorajando com sua solidariedade concreta,
Dizendo sempre “vão sem frente!”
A vocês, cambada querida,
A quem deu força sem nada exigir,
Um beijo de ternura e saudade!
Nasceu “Em Canto”
Com direito até àquelas vigílias e lágrimas
Noite adentro,
Coisas da vida!


Março de 93,
Fortaleza 31 graus.
Estamos gravando o disco “Em Canto”.
Novo adjunto de energias, recursos, suores e paixão!
Tem mais gente se “em cantando”
Na cartada,
Nossos parentes artistas:
Pingo de Fortaleza, Eugênio Leandro, Flávio Paiva,
Luis Carlos Fonteles e tantos outros
Indicam contatos importantes,
Vêm participar com brilho e cumplicidade.
Nossos queridos Zé Maria, Lúcia, Durval, Geosa
Nos entregam a “chave da casa”
E nos sentimos em família!
O bloco de apoio econômico
E é um leque que se abre sempre mais
Contemplando até apoios “anônimos”,
Incluindo algumas instituições a quem recorremos
Na certeza da importância cultural do nosso projeto,
Mas na humildade de quem necessita:
Companheiros(as) de Cà Forneletti – Itália,
Universidade Federal do Ceará (UFC),
CBC & Associados Propaganda LTDA.


Estamos certos, outras mãos chegarão
E já respiramos aquele ar de satisfação
E reconhecimento!
Olhamos aqui, prá dentro da gente,
 E sussurramos ao coração:
- vamos, pé na estrada
Afirmando na música
Que vale a vida, a beleza,
Todos os passos de resistência cultural
Ensaiados por nós, povo,
Aqui, no sertão do mundo.
A hora exige
O coração pede.
Valeu, povo querido!
Zé e Babi.

 



sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Cuidando deste espaço virtual

Pessoas,
Mais de dois anos se passaram desde que criei este blog com a intenção de compartilhar com vocês minhas criações nas diversas áreas por onde tenho me lançado: música, poesia, ciência (antropologia, educação, filosofia), cultura popular.
Finalmente, retorno para cuidar do que deveria estar um belo jardim. Agora, começo a plantar as flores. Compartilho com vocês, neste data, 2 criações: a tese de doutorado, concluída em 2003, "Subjetivação e Educação Indígena", e o novo CD, "Arte & Paixão", produzido ao longo dos últimos 12 anos!
Em breve, estarei compartilhando outras produções. Aguardem!

CD Arte & Paixão inteiro para baixar!

Foram 12 anos entre o show de lançamento do projeto do cd (no show do dia 13 de setembro de 1996, na Sede do BNB Clube, em Fortaleza/CE) e a disponibilização do cd neste espaço (prometida no show realizado na FENAIVA de 2008, em Sobral).
Em meio a muitas vivências, muitas criações, muitos outros projetos realizados, os quais espero, de agora em diante disponibilizar aqui aos amig@s, fui produzindo o "Arte & Paixão". Quase todas as composições do cd remontam aos 20 e poucos anos, um período ímpar de criações artísticas em minha vida.
Como você ouvirá, o cd é fundamentalmente autobiográfico. Mas por autobiográfico não quero dizer que se trate de algo exclusivamente meu, ou individual. De modo inverso, quero dizer que a Vida inscreveu em meu itinerário pessoal os movimentos afetivos, políticos, artísticos, científicos e espirituais do momento histórico e do contexto cultural em que fui lançado no mundo!
Na ficha técnica, disponível com os arquivos da capa no link abaixo, você saberá quantas mãos se juntaram para produzir o que você ouvirá. Muitas outras mãos, braços e pernas, sensibilidades e generosidades, não registradas na ficha, também se juntaram.
Dediquei o cd ao meu segundo filho, Heitor, um leonino típico, de 4 anos agora, com a intenção de, por meio de sua existência, dizer um "gracias a la vida que me ha dado tanto".
Boa audição!

Tese de Doutorado disponibilizada!

Finalmente, disponibilizo aqui a tese de doutoramento em Educação Indígena, que concluí em 2003, pela Universidade Federal do Ceará, intitulada "Subjetivação e Educação Indígena". Este trabalho trata de uma intervenção cujo objeto são os processos de subjetivação indígena e sua relação com a produção de escolas indígenas diferenciadas no Ceará, Nordeste do Brasil. Objetivando a elaboração de cartografias desses processos, oferecendo pontos de localização – como uma bússola a guiar o navegante – nos emaranhados das práticas e dos discursos da multiplicidade de sujeitos que atuam na produção dessa subjetivação, o autor utilizou-se de uma abordagem teórico-metodológico inter-referencial, articulando elementos da Antropologia, da Análise Institucional, da Micropolítica e da Esquizo-Análise. A parte empírica da pesquisa foi realizada através da inserção no cotidiano dos Tremembé de Almofala e do Movimento Indígena local, possibilitando a experimentação intensa e a descrição densa desses processos. Os diários de campo foram usados como o principal instrumento de coleta de dados. Além disso, ocupam um lugar central neste texto por se constituírem, de modo peculiar, com um bloco de registros, análises e sistematizações, revelando a rotina da produção da pesquisa e, principalmente, as relações entre experiência e pensamento. Como resultado final, este trabalho afirma a existência de um instigante processo de autonomização e singularização dos Tremembé como parte de sua reinvenção social e política atual, em meio às contradições e recuos estratégicos próprios da negociação social e política no campo indigenista. As conquistas em relação às escolas diferenciadas – e, de modo particular, as lutas desenvolvidas pelos tremembés em relação à formação de professores indígenas – configuram-se como indicativos dos mais relevantes desse processo.

quarta-feira, 9 de maio de 2007

B a b i F o n t e l e s

Espaço de publicização das criações do Babi Fonteles: músicas, poemas, fotografias, textos diversos (acadêmicos, inclusive). Seja bem vind@!